Essa história começa lá atrás quando ainda na Idade Média alguns chefes de gastronomia ousaram separar os grandes banquetes em momentos onde eram servidos pratos salgados e momentos em que serviam os pratos doces.
Pouquíssimas foram as figuras femininas que se tornaram célebres no universo da gastronomia, tradicionalmente dominado por homens. Porém, a rainha Catarina de Médici foi uma das exceções.
Novos hábitos e diferentes sabores
Catarina de Médici ao se casar com Henrique II, se torna rainha da França. Ela pedia aos seus chefes que mantessem as raízes de sua terra natal – Toscana/ Itália.
Por influência dela, os franceses passaram a adoçar os doces com açúcar, pois até então, era adoçados apenas com mel.
As sobremesas clássicas francesas que tiveram influência de Catariana de Médici são:
Macarron: símbolo da culinária francesa, biscoito de forma arredondada, composto por farinha de amêndoa, açúcar, clara de ovo e corante, tem em média de 3 a 5 cm de diâmetro;
Sorvete: a origem do sorvete é um pouco polêmica, mas no século XIV, o veneziano Marco Polo, um dos cozinheiros da rainha, introduziu a sobremesa gelada na corte francesa, ele era muito parecido com o que vemos hoje;
Bolos decorados: no casamento de Catarina de Médici com Henrique II, um bolo decorado, feito em andares, chamou a atenção dos convidados. A partir daí, bolos criativos passaram a ser sinônimo de desejo;
Profiterole: criado pelo chef italiano Penterelli, também fez parte da mesa de Catarina de Médici. O profiterole, parecido com a carolina (adaptação brasileira) é um bolinho redondo, de massa levemente seca recheado de creme ou sorvete e cobertura de chocolate.
Sobremesas sem açúcar
Para aqueles que seguem uma dieta ou alguma enfermidade, há no mercado diversas opções de doces fits ou low carb feitos sem glúten, sem lactose, sem açúcar, vegano e muitas vezes, sem nenhum conservante. Há algumas opções também de doces com fibras, colágeno e até whey protein.
Na maioria das vezes, o açúcar refinado é substituído por edulcorantes que podem ser artificiais, criados em laboratórios e os que foram extraídos da natureza.
Adoçantes artificiais:
Sacarina:
É o tipo mais antigo de adoçantes, descoberto em 1879, possui boa estabilidade quando submetido a calor, sendo comumente utilizado em alimentos e bebidas;
Aspartame:
Edulcorante sintético que tem fenilalanina, substância proibida para portadores de fenilcetonúria;
Sucralose:
Apesar de vir da cana-de-açúcar, ele é um adoçante de origem sintética já que sofre reações químicas. Ele não é absorvido, sendo eliminado pela urina num prazo de até 24 horas. Atualmente, é um dos adoçantes mais indicados para grávidas ou crianças;
Ciclamato de sódio
Proveniente do ácido ciclâmico costuma vir junto com a sacarina para mascarar seu gosto amargo. Os dois têm sódio em sua composição, mas não em quantidade significativa. Muito utilizado em alimentos e bebidas.
Adoçantes naturais:
Xilitol
Edulcorante produzido em baixíssimas concentrações nas fibras de alguns vegetais, principalmente do milho, mas também está presente em frutas e cogumelos. Ele tem um sabor doce semelhante ao do açúcar comum, mas contém 40% menos calorias, sendo um adoçante popular com baixo teor de carboidratos;
Frutose:
Presente em frutas, mel e cereais. Seu uso deve ser limitado para diabéticos;
Stévia:
Edulcorante de origem natural obtido a partir de uma planta denominada Stevia (Stevia rebaudiana), típica da América do Sul. Possui zero calorias, porém tem um leve sabor residual;
Sorbitol
Presente em frutas e algas marinhas. É muito utilizado no preparo de bolos, balas e coberturas.
Docerias famosas em São Paulo que prometem delícias sem açúcar refinado:
- Isabella Akari;
- Healthy Bites;
- A Dora Adora;
- Cozinha da Loli;
- Haoma;
- Sorvetes Lowco.
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